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ARQUIPÉLAGOS

 

Em algum momento em 2013 eu recebo uma mensagem da Thais, “Você está sabendo da Bienal de Arquitetura? A gente podia mandar uma proposta para a chamada aberta, topa?”.

 

É muito difícil reconhecer momentos de inflexão ao longo de uma vida, mas certamente esse foi um deles. Sensível que é, a Thais identificou uma prática que eu já desenvolvia individualmente e sugeriu transformá-la em experiência coletiva. O Gabrieli se juntou ao grupo com seus conceitos filosóficos que trouxeram densidade ao projeto e,  alguns meses depois, estávamos no Centro Cultural São Paulo reunidos com um grupo de trinta participantes que ousaram se inscrever numa misteriosa expedição urbana de dois dias.

 

Foi o início do Arquipélagos Urbanos, que desde então propõe esse modo de se relacionarcom o território, que atende outra questão que me inquietava: Como fazer um espetáculo sem construir um cenário e sem se aborrecer com ensaios? Convidando ao andar por grandes distâncias, onde alternamos os papéis de atores, expectadores e diretores.


 

 

ARCHIPELAGOS  At some point in 2013 I received a message from Thais,

“Have you heard about the Architecture Biennial? We could send a proposal for the open call,  what do you think?”.

 

It is very difficult to recognize turning points throughout a lifetime, but this was certainly one of them. Sensitive as it is, Thais identified a practice that I was already developing individually and suggested transforming it into a collective experience. Gabrieli joined the group with his philosophical concepts that brought density to the project and, a few months later, we were at the São Paulo Cultural Center gathered with a group of thirty participants who dared to sign up for a mysterious two-day urban expedition.

 

It was the beginning of Arquipélagos Urbanos, which since then proposes these ways of using the territory, which addresses another issue that worried me: How to put on a show without building a stage design and without getting bored with rehearsals? Inviting us to walk over long distances, where we alternate the roles of actors, spectators and directors.