O que é tão urgente para se ir a pé?
É com essa questão que Angela Quinto abre a introdução do livro, e é algo que eu sempre me pergunto, de onde vem essa vontade incontornável de atravessar o território no tempo do corpo.
Enquanto o HOFERWEG 1 ainda estava sendo preparado para publicação, outra dúvida me inquietava, Será que os eventos que motivaram a escrita do primeiro livro eram exceção ou potência abrigada em toda caminhada longa por territórios desconhecidos?
Em julho de 2019 eu me lancei nesta nova aventura, depois de participar da Quadrienal de Praga e, ao contrário do primeiro trecho, não haveria a ancoragem segura da casa dos amigos ao longo do percurso,
o que motivou uma postura que possibilitou uma quantidade surprendente de encontros inesperados.
E finalmente o livro é sobre isso, a empatia essencialmente humana e a generosidade que nos espera quando decidimos atravessar o território como nossos mais longínquos ancestrais.